Na passada quarta-feira bem cedinho aterrei em Lisboa naquela que pode bem ter sido a melhor viagem Madrid-Lisboa que já efectuei até hoje, não porque como de costume a passei toda a dormir, mas porque se tratava de um regresso a Lisboa carregado de simbolismo, "primeiro dia do resto das nosas vidas".
Sempre que aterro em Lisboa os meus olhos buscam sempre as mesmas referências, sempre o mesmo edifício, sempre os mesmos veículos... Falo do Quartel dos Bombeiros do Aeroporto e dos seus imponentes carros. Neste regresso todos os carros estavam fora do Quartel a serem submetidos à habitual lavagem e revisão dos sistemas de combate aos fogos que tantas vezes acompanhei e que sempre me deliciavam.
Sou, com muito, mas mesmo muito orgulho, filho de um Bombeiro, tive muitas vezes a honra e o previlégio de passar o sábado nos quarteis onde o meu pai estava a exercer a sua profissão. Gostava deles todos, mas o Quartel do Aeroporto é mítico... Primeiro porque os filhos dos Bombeiros que lá iam podiam passear à vontade por entre os carros sem incomodar nem serem incomodados e depois poder guiar o canhão de água e disparar um jacto de água nos exercícios matinais é algo inolvidável...
Pai, nunca poderei, nem saberei agradecer-te por tudo aquilo que devia, mas deixa-me dizer-te que os momentos que passámos juntos no Aeroporto estão bem guardadinhos no meu coração, apesar da ementa ser sempre a mesma, Bacalhau assado ao almoço e Coxa de Frango no forno ao jantar, e até que te safavas bem a cozinhar estas iguarias...
Gosto-te bué, meu velhote e já sabes, Sábado temos bola juntos!
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