Hoje é dia 24 de Dezembro de 2009, são 23h49m e estou sozinho na minha sala. Sozinho não, o crepitar da lareira faz-me companhia...
Há muito tempo que o Natal não era assim...
A companhia de muita gente, família, mais ou menos chegada, enchia a casa onde nos encontrávamos, a Necas fazia os doces, o Tiago a salada de fruta, o João inventava uma sopa de peixe e eu e o Pedro dizíamos besteiras para tentar manter o ânimo dos demais. Os barulhos eram mais do que muitos e nunca, mas nunca os presentes eram abertos antes da meia-noite e sem o habitual teatro da minha madrinha que sempre teve mais presentes do que todos os outros juntos e sempre fez questão de festejar cada um deles como uma criança que recebe um brinquedo novo...
Este ano, por razões óbvias e outras muito menos óbvias, quatro núcleos familiares que há 20 anos consoavam juntos separaram-se, cada qual viveu o Natal no seu cantinho...
Tristeza...
Fiquei em minha casa por opção! O meu filho tem hoje 11 dias, e a violência que seria submete-lo a uma consoada com perto de 20 adultos, no frio e numa casa estranha fez-me decidir pela calma e calor da minha casa...
Os meus pais não quiseram deixar-me e vieram consoar connosco...
Assim estivemos eu, a minha mulher, que a cada dia que passa sinto mais que a melhor decisão da minha vida foi tê-la pedido em casamento, a minha mãe, que apesar de um ano difícil está agora a recuperar um pouco de ânimo, o meu pai, o enorme do meu pai, a quem eu amo de uma forma que não se descreve e que nunca ninguém vai entender... e o meu filho! O Diogo...
De facto estivemos aqueles que seriam precisos nesta fase da minha vida, ficaram a faltar os pais da Marta para o Diogo viver a primeira consoada com os seus papás e avós!
A comida estava óptima, o bacalhau às lascas, as couves, da horta dos meus pais, uma delícia, a broa de milho com passas, perfeita, o bolo-rei muito saboroso...
A nossa refeição terminou no exacto momento em que o meu filho fez a dele...
Eram 22h30m e estava tudo arrumado... O Diogo a passar de colo em colo e o sono a tomar conta dos demais, ligou-se a televisão... Nunca me lembro de uma consoada ter tido a TV a funcionar...
Tristeza...
Eram 22h50m e estava decidido abriam-se os presentes para que todos fossemos descansar uma vez que o sono estava já neste momento a ganhar a contenda...
Poucas prendas... O ano é de crise e existiu um acordo intra-adultos para poupar e dar prendas apenas aos miúdos, sempre me disseram que eu continuo um miúdo... O momento passou depressa...
Está na hora do Diogo ir dormir... A mãe acompanhou-o e os meus pais foram também embora...
Não tenho sono...
Vou para o computador... Não está ninguém no MSN... Pudera é agora meia-noite está tudo à volta dos presentes...
Vou ler um bocado, ou ver um bocado de TV...
Mas primeiro vou por mais um tronco na lareira... Sempre me faz companhia...
Feliz Natal
Há muito tempo que o Natal não era assim...
A companhia de muita gente, família, mais ou menos chegada, enchia a casa onde nos encontrávamos, a Necas fazia os doces, o Tiago a salada de fruta, o João inventava uma sopa de peixe e eu e o Pedro dizíamos besteiras para tentar manter o ânimo dos demais. Os barulhos eram mais do que muitos e nunca, mas nunca os presentes eram abertos antes da meia-noite e sem o habitual teatro da minha madrinha que sempre teve mais presentes do que todos os outros juntos e sempre fez questão de festejar cada um deles como uma criança que recebe um brinquedo novo...
Este ano, por razões óbvias e outras muito menos óbvias, quatro núcleos familiares que há 20 anos consoavam juntos separaram-se, cada qual viveu o Natal no seu cantinho...
Tristeza...
Fiquei em minha casa por opção! O meu filho tem hoje 11 dias, e a violência que seria submete-lo a uma consoada com perto de 20 adultos, no frio e numa casa estranha fez-me decidir pela calma e calor da minha casa...
Os meus pais não quiseram deixar-me e vieram consoar connosco...
Assim estivemos eu, a minha mulher, que a cada dia que passa sinto mais que a melhor decisão da minha vida foi tê-la pedido em casamento, a minha mãe, que apesar de um ano difícil está agora a recuperar um pouco de ânimo, o meu pai, o enorme do meu pai, a quem eu amo de uma forma que não se descreve e que nunca ninguém vai entender... e o meu filho! O Diogo...
De facto estivemos aqueles que seriam precisos nesta fase da minha vida, ficaram a faltar os pais da Marta para o Diogo viver a primeira consoada com os seus papás e avós!
A comida estava óptima, o bacalhau às lascas, as couves, da horta dos meus pais, uma delícia, a broa de milho com passas, perfeita, o bolo-rei muito saboroso...
A nossa refeição terminou no exacto momento em que o meu filho fez a dele...
Eram 22h30m e estava tudo arrumado... O Diogo a passar de colo em colo e o sono a tomar conta dos demais, ligou-se a televisão... Nunca me lembro de uma consoada ter tido a TV a funcionar...
Tristeza...
Eram 22h50m e estava decidido abriam-se os presentes para que todos fossemos descansar uma vez que o sono estava já neste momento a ganhar a contenda...
Poucas prendas... O ano é de crise e existiu um acordo intra-adultos para poupar e dar prendas apenas aos miúdos, sempre me disseram que eu continuo um miúdo... O momento passou depressa...
Está na hora do Diogo ir dormir... A mãe acompanhou-o e os meus pais foram também embora...
Não tenho sono...
Vou para o computador... Não está ninguém no MSN... Pudera é agora meia-noite está tudo à volta dos presentes...
Vou ler um bocado, ou ver um bocado de TV...
Mas primeiro vou por mais um tronco na lareira... Sempre me faz companhia...
Feliz Natal